3 de outubro de 2012

Sopa de Letras. Um mal Desnecessário.


Há alguns dias, pouco me desce.
E não falo só das coisas bolorentas, inchadas e umedecidas. Falo da correspondência, do barulho das buzinas, da fumaça do cigarro, o cheiro saltitante do pescoço do pedestre.
O café que confortava, agora é o da gastrite, da compressão incompreensiva. Em certas comparações, o velho Bukowski torna-se a Madre Teresa. Teresa... Cruzamento da saudade, do Francisco que ficou lá atrás (no diminutivo).
O porquê da pressão é sabido, mas o que se faz com certos dados... Quem sabe.
E quem sabe o que é ler e escutar  estrelas, como medir o tempo da saudade, por que a tristeza é pra um e não pro outro... Deixa estar.
Tanta explicação e certeza podem carregar uma ignorância tão grandiosa.
Será que as mãos uma hora, se acalmam?
(Eca! Nozes com farinha e açúcar nunca espumaram tanto).
Não desce a ideia do argumento, o gesto do outro, a frase dita – não para mim. O mundo todo fervilhando como milho e óleo quente. Estoura, transforma o mundo-pipoca.
Ter febre, meu caro, também é um modo  de saber que está vivo.
O “mundotodofagia”!

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