30 de maio de 2007

Vinte e dois

De dois em dois
Expande-se a luz do sol
Acarinhando com o quente
Os dias de inverno
E o aconchego do hálito
Que vasa de um sorriso
Nos extrai do frio
E expulsa a solidão
Ao menos por dois segundos
Ao menos por duas palavras
Lástima é da distância ser uma escrava
Quero reduzir este vasto mundo
Pela desconhecida emoção
Que existe na tela, no fio
Causa em minha saia o friso
Pelo tempo sentada, um hábito
O sentimento mais terno
Pela composição envolvente
Ressonante do rubro farol
Mais belo som em plenos 22.





26 de maio de 2007

Friagem


Solidão
Dói
Dor de frio
Friagem
Viagem
Viajar no Rio
Mio
Cio
Copio
Colo
Eu quero
Coro
Num só.

17 de maio de 2007

Dançarei

Subi as escadas
No primeiro degrau
Postura formada
Cheguei

As pernas vibram
O coração sente
Os músculos apertam
Girei

Rodopio de ponta a ponta
Corro, corro e salto
Imaginação que desponta
Deitei

Minhas mãos tocam a superfície
Acariciam a madeira, o linóleo
E num movimento artífice
Levantei

Cada junção ativa-se
A visão dilata
O corpo comunica-se
Ouvirei

Uma música é traduzida
Por um composto orgânico
E biologicamente é conduzida
Arfei

Ensaiar até a eternidade
Para a perfeição pretentida
Nunca chegar...que vontade...
Ah, dancei
Danço
E dançarei.