2 de outubro de 2012

Parágrafos [Ou Raios Que Passaram Antes de Terminar de Dizer Esta Frase].


Hoje, ausência. Sou ausência do raio
Brilhante e apontado, capaz de inebriar
a mocinha sentada com as pernas para um lado do cavalo
a mulher de pele opaca pintada, borrada e rabiscada que não dá um passo em uma corda sem cair.
Porém o raio é dúbio mesmo. E que graciosidade teria se fosse um só?
Divide-se e corta-se por entre nuvens, as quais nem sempre são capazes de escondê-lo.
Porque quem ensina a usar o coração, nem sempre o utiliza e vice-versa.
Versar não é sentir, é colorir.
A temperatura e a umidade, dentre outros, fatores, capazes de atrair, são as mesmas que expelem, repelem. E cansam. E sim, desinteressam. Se o resumo de alguém são essas características, diferente do raio, está fadado a solidão da lei do uso e desuso.
E se a tua terra não tem palmeiras, nem flor, nem brotos para um pássaro qualquer cantar, o indicado é manter-se fora do castelo de asas que não pousou.
A suscetibilidade é objeto de surpresa na maioria. Encantadora. Corajosa.
E por entro os adjetivos, desestimulante (para não dizer brochante, visto que não há a certeza se o verbo “brochar” é grafado com “x” ou com “ch”).

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