31 de outubro de 2007

Lutar

Lutar
É treinamento
É encorajamento
A União

Uma paixão
Que resulta
Forma enxuta
E talvez
Desagregação

Mas se eu luto
E você também
Todos nós lutamos
Procuramos o uno
Para você um bem
Onde todos ganhamos.


24 de outubro de 2007

Surrealista Dali

Eu sou aquele
que muda e mexe
remexe aquirevira ali
mas ninguém pode
me mudar Dali

Ah, eu sou o universo
constante, mutante
como diz o verso
"a metamorfose ambulante"

Se páro de andar
Não mais serei eu?
Se páro de falar
O mundo me esqueceu?

Eu, sou eu
Com todos os eus que isso acolhe
Judeu, coliseu
Aquela capaz de secar o que você molhe
Nem meu, nem seu
Um grão sem dono que já flor, alguém colhe.

22 de outubro de 2007

Saudade É Não Ver

A saudade é falta
Sentir o vento
Entre seus braços
Não ver ao relento
As marcas dos passos

Mas a saudade é cheia
Capaz de transbordar
De conduzir o ser
A sem pensar, abordar
Outro ou você.

21 de outubro de 2007

Ouvir Para Repetir

Gritar eu te amo
Não é certo
Nem esperto
É o esforço a toa
De quem não tem
Não vê onde segurar

Dizer eu te amo
A todo momento
É falso sentimento
Mas sensação boa
Descansa o que requerem
Os sentimentos de amar

Ouvir eu te amo
É ouvir som com acento
É correr a favor do vento
O som do sino que soa
Ao coração faz o bem
Quem em segundos já vai duvidar.

Repita...


20 de outubro de 2007

O Cebolinha Diz Tlês

Nestlê
Um conglomerado fosse
Algo bom e doce
Você

Faria
As melhores balas
Que todos pudessem chupá-las
Igualaria

Pessoas
Do Presidente ao pebleu
O sem dente mordeu
Coroas

E por quê?
A diferença só aumenta
O verme do pobre não aguenta
Você?

E os de cima
Pagam por água da fonte pro leite
Já pegam água nas ruas pro pó do leite
A mais baixinha

Engoliu
Você já é cabelo, comida
Beleza, gula, desejo e vida
Nos abduziu!

18 de outubro de 2007

Escorre...

A púrpura cor
Escura
já negra
procura
sangrar

O sombrio dia
Frio
já vazio
aflige
pensar

A límpida água
Lambida
já salgada
leve
passeia

A tensa face
tênue
já grita
gira
repousa

E chega o outro mês!

17 de outubro de 2007

Cores e a Tela

Escrevo porque hoje vi
Não uma flor, a pétala
Alva e flamejante
Alguém pode crer em ti?

Na paz do branco
Brilha o fogo, incendeia
Na turbulenta explosão
Vem a calmaria, clareia

O verde que nos cerca
No primeiro contato
A chuva que cai
Inicia o ato

O espetáculo já finda
Mas não terminou ainda
Das cortinas, já sinto a vinda
E o início da amizade mais linda

Por enquanto, aconselho rédeas com cautela
Acredite, desacreditando que é a mais bela
Viva cada dia com todas as cores da aquarela
Pintando pra ti, êxito e emocionantes telas.

2 de outubro de 2007

Ah, A Roça

Ah, se eu fosse pra roça
Ouvir o galo cantar
Se a casa não é nossa
Lá se pode se fartar
E se a vida não é fossa
Vale o sol admirar

Ah, se eu fosse pra roça
Ouvir o galo cantar
Escrever sobre o verde
E na grama me deitar
Viver com o céu um flerte
E a cigarra cantar

Ah, se eu fosse pra roça
Ouvir o galo cantar!