Só se ouvem
confetes, serpentinas
blocos e marchinhas
A marcha
Da menina que tem fome
Do rapaz desempregado
Do povo sem nome
Do corpo dilacerado
E a gente, vai seguindo
Cantando pelas ruas de pedra
"Está tudo lindo!"
Enquanto milhões de lugares
Vão se explodindo
Mas segue o jornal anunciando
Alegria, instrumentos pulando
Um povo sem dente esteve apanhando
E agora não pára mais de cantar
Porque chega o início do ano
E resta a esperança de bons tempos
E mesmo com chuvas e ventos
A gente segue cantando
Alá, alá, alá meu pobre alá!
E a gente, vai seguindo
Cantando pelas ruas já sujas
"Está tudo lindo!"
Enquanto milhões de lugares
Vão se implodindo.
Tentativa falha de colocar em palavras o que é dito, maldito ou bendito, no dia nosso de cada pão.
31 de janeiro de 2008
26 de janeiro de 2008
Corta. Saudade.
Fria e estranha
Súbita ela chega e leva
Sem pensar...
E nós que somos tão racionais
Ao menos, cartesianos...
Mas o artista não morre
Aqueles cujo talento corre
Na veia, não há corte
O corpo vai, o trabalho escorre
A morte chega, a vida foge
O talento eterniza, a aplauso nos move
Não precisava ter ido
Insônia devastadora
Tão cedo, arrebatadora
E o menino inibido
Já tomou as pílulas da eternidade
E deixou as cenas...corta. Saudade.
Súbita ela chega e leva
Sem pensar...
E nós que somos tão racionais
Ao menos, cartesianos...
Mas o artista não morre
Aqueles cujo talento corre
Na veia, não há corte
O corpo vai, o trabalho escorre
A morte chega, a vida foge
O talento eterniza, a aplauso nos move
Não precisava ter ido
Insônia devastadora
Tão cedo, arrebatadora
E o menino inibido
Já tomou as pílulas da eternidade
E deixou as cenas...corta. Saudade.
18 de janeiro de 2008
No Entre Ato
No entre ato
Teatro
Em cada cena
Pequena
Grandes revelações
Ou não
Dedicar-se
Estudar a arte
É preciso vocação
E se o talento
É lento
Trabelhe então
Respire autores
Leia amores
Trágicos ou não
Articule bem
Conte histórias, cem
Com vontade na ação
"Contemporanize" os clássicos
E "classique" os novos
Brinque e aprenda
O teatro é um grande jogo
Da realidade imaginária.
A esse mundo, a melhor prenda.
Teatro
Em cada cena
Pequena
Grandes revelações
Ou não
Dedicar-se
Estudar a arte
É preciso vocação
E se o talento
É lento
Trabelhe então
Respire autores
Leia amores
Trágicos ou não
Articule bem
Conte histórias, cem
Com vontade na ação
"Contemporanize" os clássicos
E "classique" os novos
Brinque e aprenda
O teatro é um grande jogo
Da realidade imaginária.
A esse mundo, a melhor prenda.
1 de janeiro de 2008
Feliz Mundo Novo
Se mais um ano
Se faz novo
A vida que existe
Pode se renovar também
Fazer-se de nova
Chegar, brilhar, inebriar
Como o amador que liga
E ao que ama faz o bem
Que o branco da paz brilhe
Reluza por toda a humanidade
E o vermelho seja apenas paixão
E que o branco doce das cores
Proporcione não só na marca
Não só no açúcar, um mundo de união.
Feliz mundo novo!
Se faz novo
A vida que existe
Pode se renovar também
Fazer-se de nova
Chegar, brilhar, inebriar
Como o amador que liga
E ao que ama faz o bem
Que o branco da paz brilhe
Reluza por toda a humanidade
E o vermelho seja apenas paixão
E que o branco doce das cores
Proporcione não só na marca
Não só no açúcar, um mundo de união.
Feliz mundo novo!
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