Ao passo que a vida corre de salto
Pisando em corações e acariciando outros, todos seguem.
O ritmo quem pode dizer é quem canta
Quem embala a tua estrada enquanto você pisa
Para não dançar.
Mas a menina já dançou.
Já expressou o sentir latente
Do corpo maior e sobre
Do partir do humano que por último, saltou.
- O trem pode seguir sem direção?
Ela ainda pergunta-se enquanto aguarda na estação
O bilhete que já esgotou.
A menina espera...
De mim, posso dizer que só aceitava a possibilidade
de ter você com exclusividade dessa vez
O que era meu, era só meu ou nosso. Ponto.
Mas como mentira, frágil e de vidro, espatifou-se
E finalmente pude ver, da forma mais clara e arrogante,
que meu, você já não era há um pedaço de século atrás.
Ela esperou, bebeu água de mar, sentou e adormeceu.
O sonho que poderia ter sido, não foi bom.
Ela despertou e percebeu que o bilhete ainda não havia chegado.
A tolice pode ser optar por crer no que se pensa
Ao invés do que está escrito e assinado em tuas mãos.
Fomos pra casa.
As nuvens mostram-se.
E o frio é apenas um estado que se permite sentir.