12 de abril de 2010

Acento da Xícara

Em dias de frio como este
Em que nenhuma forma de amor
Se apresenta
Acenta a xícara de café
na tela e no pires

É bom ver a amarga fumaça
e o ardente sabor escuro
que em dias frio como este
é o único capaz de acalentar a alma,
acalmar o frio e esquentar a solidão.

6 de abril de 2010

Uma Balada Pra Quem

Um gotejar que não pára
Ping, ping, chuá, chuá, trovvv
E a nuvem não seca, seca
Seca de pingar
O lavar das mãos está forte
Me arranca, céu, até o norte
Pra onde eu possa congelar.
De vez

E me carrega o frio, de volta
Na veia grossa que mistura
A amarga inquietude
com o gosto de fel da melancolia
Faltava a alegria.

Que transpasse a luz, o céu
Pro que não tem cura, o sol
Pro 92 que não volta, a prece
Vai sol, aparece.
Mas não deixa o verde queimar
Se ele ainda existe...

Uma balada triste
Para quem ainda sabe sorrir.

5 de abril de 2010

Adeus, Ao Adieux

Demorei para perceber, mas pude ver
que em dias de feriado
nem toda surpresa é boa
Um perfil que chega a te fazer tremer o peito
Mas tudo isso já não era para ser normal?

Quando a folha em branco acaba
O fim torna-se fato
Só que papel não tem alma, tem?

Fica bem lá, que eu fico aqui
Se me chamar, já me perdi
Com as mãos no rosto, não posso ouvir.

Em dias que o sol não aparece
E os sorrisos ficam escondidos brincando
Pela janela, vejo e não me sinto daqui
De um mundo tão belo para os olhos
E esquisito pro coração

Vai-se a paixão, fica o amor, vazio
Ou seria completo em si,
para ficar isolado, tatuí?
Agora me deixa de lado
E eu deixo bom para você,
adieux.