11 de junho de 2010

Respire, o Gelado do Vento

Por que está tão tão gelado
o piso que meu pé insiste em acariciar?
O gelo da saudade e da consideração não feita
penetra na inspiração para tomar cada poro
e palpitação que ainda cisma em vibrar.
Sofro pela maldade que não solta minha mão
nem ao meu chacoalhar
nem com água e sabão

Abro os olhos e um mar de gente confuso
mostra-se, precipita e quebra na face areia
já pálida. Querida luz solar,
você ainda aí está?

O vazio do tocar das pálpebras
já não me permite o sonhar
Se desta vez não desnorteio, sou sã demais.
Alguém traz a fagulha pro fogo da bondade acender
Como machuca não ser mais como era o passado'ce
Maculada, o fim da flor é morrer
Não saberei existir se o frio enfim, não desaparecer.