3 de abril de 2007

2 Linhas do Quadrado

Se é sempre o começo do fim
Não dite regras assim
Se a vida passa
Não dê espaço à ameaça
Se nós dois fomos tingidos
Desbotemos enquanto o pincel fica detido
Se o medo nos consome
Alimentemos com coragem, nossa fome

Resolvi dizer que vale a pena a entrega

Se ama e não é amado
Deixe o amor de lado
Se não ama e é amado
Mais vale a dor de ter tentado
Se há uma quadrilha de amados
Apague duas linhas do quadrado
Se o desejo é afetado
É preciso que ele seja manifestado.

2 comentários:

Tião Martins disse...

Gostei Caroline. Principalmente da parte da quadrilha e do quadrado. Me lembrou certos aspectos da astrologia...
Bjs!

Anônimo disse...

Carol,

Algumas considerações podem ser feitas sobre esta poesia, mas me limitarei apenas a uma:

Apagando-se duas linhas do quadrado, sobram obviamente duas. Estas podem ser de dois tipos: perpendiculares ou paralelas. Se forem perpendiculares, ao traçarmos a hipotenusa teremos um triângulo retângulo. Triângulos são interessantes, porém limitados. No entanto, se forem paralelas, estas como sabemos só se encontram no infinito. Mas estas também têm por característica marchar a par do outro, progredindo na mesma proporção, permitindo que uma infinidade de coisas aconteçam antes que elas possam realmente se unir em um único ponto.

Pergunto-te: com qual das duas opções você prefere ficar?

Beijão,

Mau

PS: Recebeu a poesia que enviei pro teu e-mail?