A luz do sol
Pinceladas distintas na tela areia
Pinceladas distintas na tela areia
Na fala
rubra que apaixona e/mas
Desce por
terra na mesma intensidade
Em uma
capa-pele dicotômica
que nem mesmo a bomba atômica,
que nem mesmo a bomba atômica,
Entre a sua
complexidade como acontecimento
Onde alguns
não querem compreender
O demônio-anjo
do não entender
Venerador da
casca unidimensão,
Escolhem o
não envolver
(Falar em
desenvolver pode ser a possibilidade)
Tons de sol
e chuva
Do cinza das
nuvens, do entre branco e preto
O entre é o
silêncio, a arte
O tom da
cor, a tentativa da explicação
Do aparato
científico, do conceito
Que muitas
vezes, sem jeito
Coloca em
visibilidade a alvura
Nas pontas
dos dedos precisos
Para apanhar.
Ah, a
ignorância que é a santa
É também a
outra
O não ouvir
como eleição sua ou do outro
É ouvir, uma
escuta que pode ser cega
Sem tato,
sem cheiro ou sem qualquer sentido
Dos
conhecidos ou Des conhecidos
Imerso no
tempo, a tempo para explicar
Porque as
palavras vão e ficam e vão e ficam e vão e ficam e vão e ficam e vão e ficam e
vão
No vão, em
vão, um vão.
Pensar em um
vão móvel chamado desejo.
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