29 de janeiro de 2013

Ciscos de Sol na janela do Conhecimento


A luz do sol
Pinceladas distintas na tela areia
Na fala rubra que apaixona e/mas
Desce por terra na mesma intensidade
Em uma capa-pele dicotômica
que nem mesmo a bomba atômica,
Entre a sua complexidade como acontecimento
Onde alguns não querem compreender
O demônio-anjo do não entender
Venerador da casca unidimensão,
Escolhem o não envolver

(Falar em desenvolver pode ser a possibilidade)

Tons de sol e chuva
Do cinza das nuvens, do entre branco e preto
O entre é o silêncio, a arte
O tom da cor, a tentativa da explicação
Do aparato científico, do conceito
Que muitas vezes, sem jeito
Coloca em visibilidade a alvura
Nas pontas dos dedos precisos
Para apanhar.

Ah, a ignorância que é a santa
É também a outra
O não ouvir como eleição sua ou do outro
É ouvir, uma escuta que pode ser cega
Sem tato, sem cheiro ou sem qualquer sentido
Dos conhecidos ou Des conhecidos
Imerso no tempo, a tempo para explicar
Porque as palavras vão e ficam e vão e ficam e vão e ficam e vão e ficam e vão e ficam e vão
No vão, em vão, um vão.
Pensar em um vão móvel chamado desejo.

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