21 de junho de 2011

Na Estação

Ao passo que a vida corre de salto

Pisando em corações e acariciando outros, todos seguem.

O ritmo quem pode dizer é quem canta

Quem embala a tua estrada enquanto você pisa

Para não dançar.

Mas a menina já dançou.

Já expressou o sentir latente

Do corpo maior e sobre

Do partir do humano que por último, saltou.


- O trem pode seguir sem direção?

Ela ainda pergunta-se enquanto aguarda na estação

O bilhete que já esgotou.

A menina espera...


De mim, posso dizer que só aceitava a possibilidade

de ter você com exclusividade dessa vez

O que era meu, era só meu ou nosso. Ponto.

Mas como mentira, frágil e de vidro, espatifou-se

E finalmente pude ver, da forma mais clara e arrogante,

que meu, você já não era há um pedaço de século atrás.


Ela esperou, bebeu água de mar, sentou e adormeceu.

O sonho que poderia ter sido, não foi bom.

Ela despertou e percebeu que o bilhete ainda não havia chegado.

A tolice pode ser optar por crer no que se pensa

Ao invés do que está escrito e assinado em tuas mãos.


Fomos pra casa.

As nuvens mostram-se.

E o frio é apenas um estado que se permite sentir.

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=CCOafzKxfpA