14 de fevereiro de 2011

O Desmonte que Vem do Encaixe Teu.

Enquanto eu esperava a bagagem
Tudo ainda era tão normal
azul era azul, e a velocidade...
como sempre caíam as peças
ao ritmo que induzia a gravidade.

Transpor a porta foi aquele fragmento
um pedaço de momento denominado felicidade
Se eu pudesse dizer...
mas a felicidade é o engasgar
da "intradutibilidade" de um conto
em uma língua qualquer que não a sua.

A eternidade do abraço cruzado
O volume alto do fribilar de dois vermelhos que tocam-se,
pele com pele. O perceber do poro,
da cor do lábio, do olhar tão único, sua digital...

Palavras são tão frágeis
É vida que escapa em um tropeço
O amar, peço, as asas que tocaram-me
e o levaram. Espaçaram o amor do carinho
O meu inteiro da metade do teu gostar
Um abraço de amor, logo em lágrimas pode se verter
e o teu se cuida, logo transforma-se em dor.

Quando a vontade é se abandonar
Sigo adiante, como disse.
Avante, saudade, sê bem-vinda
a me desmontar.

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