9 de janeiro de 2011

Fugir Para o Alto, Para Lá do Céu.

O que dizer da vida,

Frágil vida decidiu partir

E nem pediu licença.

Anulou a presença do que foi, do que seria

Sentença sem fim de recorrer.


Bom. Bom tentar pensar no nascimento

Rebento do céu de duas jovens estrelinhas

Que de tão frescas, nem vê-se o brilho

E mesmo assim, faz o mundo contorcer-se

Numa breve tentativa de pegar

Ou simplesmente, acenar.

[tchau. Adeus, mocinhas cintilantes]


Despedida, dor viva do que não há

Explica por que um grão de areia

Pode evaporar-se do chão

Sem ao menos ter a chance de encoberto,

Coberto pelo afago da conchinha, perolar?


Sentimento, pressentimento, pesar

Presságio, o calar anterior...

Se uma angústia pudesse explodir

Mas ela é feita para ser engolida.

Engolir e engasgar com o ar que não ousa sair

Vil e inevitável, acidental relâmpago

Partir.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Caroline, nao conhecia esse seu cantinho ainda.
E é com meu chapeu de palha ao peito, com os pés virados pra dentro, e com os óinho encharcados de receio, de sombranceias tao apertadinhas que parecem quererem se abracar, a espera do primeiro retrucao, mas q na verdade nao, que lhe pergunto se posso aqui nessa salinha me acomodar, a fim de ler o que vc tem a escrivinhar..

"...avrac