16 de fevereiro de 2011

Sentir, Estar Sóbrio.

Sinto, depois do absinto que bebi
Sinto, minha solidão, saudade
Sinto falta de tragar o cigarro seu
Sinto a angústia do seu não tocar
nos quadris em movimento, meus
Sinto a ausência do hálito de cândura,
da camisa divertida que você usou.

Sinto o devorar do peito pelo vazio dos seus pés,
dos lábios pela secura da sua saliva,
das mãos pela distância dos dedos seus.

Sinto o silêncio das nossas risadas,
do seu "não chore" repetido e acompanhado de carinho,
o preto e branco da pele sem o carmim que se apossou.

Sinto o destino que nos destraçou.

Sinto a espera da maternidade que nos reengendrará
Sinto a estagnação do assistir meu time só
Sinto o nó da minha cabeça que vaga a te buscar
Sinto a embriaguez pesada que se dá
pela falta da companhia que desejo, sua.

Sinto a sobriedade do desejo que não nasceu
Sinto o arrependimento pela dureza,
pela couraça, já derretida, que não permitiu o imenso valor de um amor
transbordar por minha boca e te prender com seu consentimento
na cidade nua que não possui mais encantos mil.

Sinto, sinto muito.

Sinto o tempo e o vento que me desnortearam.

Me encontre. Por aí.


Nenhum comentário: