11 de maio de 2008

Se Não Para Isso

Eu apenas gostaria
De te dizer, de transbordar
Que amo-te

E sem você,
sou as reticências;
De quem não espera, a impaciência;
E do relógio, a não frequência.

Se não para admirar
o jeito sinuoso
a fala tão calma
a inquietude do teu sono
o sussurro da alma
o talento já inegável
a beleza sublime
o orgulho irredutível
a decisão que desafine
a fortaleza de um abraço
a cautela do beijo
o estilo refinado
a timidez do desejo
as pintas localizadas
os cachos inebriantes
a esperança sempre alerta
o sotaque aconchegante
o pensamento escondido
o olhar que segura
a lágrima cintilante
a expressão tão pura
Para que continuar a acreditar
Em amor, em amar?




Um comentário:

Julieta Montéquio disse...

Tudo dito, expulso
de um coração
que já não ama
e não pode mais amar...