12 de maio de 2008

Inclusive os Miúdos

Não te dou o prazer
De chorar ao ver
As águas que banham
A face borrada
Encharcada e apagada

Te deixo as lembranças
Os sonhos de crianças
O riso e as alegrias

O preço dos cacos
partidos em estilhaços
Não vou te pedir
Prefiro espalhá-los, reduzi-los
Para que não possa reconstitui-los

Só não te dou o prazer
De sofrer ao saber
Que sofro mais
Fico com tudo
Esperança, tristeza e os miúdos.

2 comentários:

Jorge Fernandes disse...

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim?
Eu te quero a todo instante,
Nem mil auto-falantes,
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração


Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê?
Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim?
Eu te quero a todo instante,
Nem mil alto-falantes,
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

(É plágio, eu sei. Mas parece que Calcanhotto escreveu com meu coração.)
Preciso dizer que estou com saudade?

Jorge

Julieta Montéquio disse...

Já que sou forte,
"uma saideira, muita saudade,
e a impressão de que já vou tarde"
Adeus.