25 de setembro de 2012

Dias Sem Freio.

Seis horas da manhã
a menina estanca
o próprio sono dança
pra bem longe
encosta no lençol novamente
pula assustada e com palpitação
coloca a casa dentro da mochila
Banana e vitamina c
sobe os degraus altos e mal ajustados
derrama moedas em mãos sujas
anuncia-se. Sobe para o dez na caixa
Transborda-se e desata alguns nós
transpõe a porta com outros
“Bom dia. Rua Cosme Velho.”
Já passou. Despeja-se na rua.
Esbarra e por isso, encontra-se com alguém
Outra caixa. Gole d´água.
Escolhe um pedaço.
Absorve o conteúdo.
Grécia. Franjas dos orixás.
Tespe. Mascarar-se. Sagrado. Profano.
Sartori, Streller, Moretti, Lecoq
Commedie di Maschera.
Duas xícaras de café.
Quase transborda-se de novo
Encontre alguém que te diga
"keep walking”
O sorriso mascarado da cabeça triste.
Desejo por um corpo que ainda não tem
(mas pode ter)
Dois amos. Servir é circo e pão.
Força e habilidade também.
Conversa. O exercício do ouvir mais.
Bolo de milho com geleia de cassis.
É francês!
Delicieux! Gromelô. Dario Fo.
Desculpa-se.
Desce por outra caixa.
Vertical. Entra em outra horizontal.
Imagem distorcida por 40 graus.
Engole um refrigerante zero e um yakisoba de legumes que fica no estômago.
Cadeira. Desapontamento por seu atraso ter sido menor que o do ensinador.
Amigo. Óculos rosa. Banheiro. Água.
Aula. Surpreender-se.
São três horas, tardinha.
Carona na estrada. Para um jardim verde.
“No hay doctor!”. Engana-se.
Raiva. Raiva. Acalmar-se...
Não era pra ir.
Não era pra moldura estar pronta.
Não era pra encontrar o bolo com adoçante.
Arrasta-se. A gravidade está mais potente.
O energético dá asas. Cara feia.
Saco cheio. Passar dos limites
também é ir embora.
Discussão.
Pra todo pessoal,
(tenho impressão que alguém já disse isso)
adeus!
Mas o travesseiro ainda está longe.
Cansaço. Espreguiçar-se.
Parar de contar na trigésima quarta vez.
Querer sofá.
Querer um sofá.
Roncar.
Zzz...

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