26 de setembro de 2011

Dissonância do Destino.

Quando lavo e seco o rosto
E a toalha pesa
Posso agradecer a você
Pôr a culpa em mim mesmo
Pinçado do mar, num veleiro a esmo
Mesmo na incompreensão
do meu falar.

Se digo A, entende Z.
Se me mostrar, nem quer saber.
Se afirmo não, o sim é o que vai dizer.
E se o se é talvez, não vai entender.

Na dissonância do nosso discurso
Outros podem ouvir e rir?
Sentir o mesmo compasso encostado
Garante o persistir? _Diz.
Mas um mundo maior
Com problemas melhores
Do que o que não sou ou queria ser
Vai saber...

Não tenho olhos, nem vi castelos
Sou a pluma pesada que cai
Solidão é uma população.