30 de agosto de 2010

Ainda o Violão

Sente na alma o deserto
mas no sorriso está tudo certo
Sabe que mentir pra si
É pior do que não mais
pertencer a ti
Roídas, as unhas que restam
são umidecidas no rosto
Casto, já gasto, que não o sente.
Onde ela pode comprar
as sementes da paz já perdida?
Na rua do tempo que não volta
Na casa dos milhares de planos não fecundos.

Só queria fazer-lhe saber...

Ela, violão sem cordas
ou vitrola sem agulha.